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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Negócios Empresa estrangeira mapeia subsolo cearense em busca de gás, minério e petróleo


Chegaram nesta segunda-feira, 25, ao município de Independência, localizado a 310 Km de Fortaleza, as primeiras máquinas da empresa norte-americana Global Geophysical Services, que realiza estudos do subsolo em busca de minérios, gás natural, petróleo e água. De acordo com o secretário de finanças da prefeitura, Coutinho Neto, os primeiros equipamentos e caminhões passaram por Independência na manhã de hoje.
Máquinas deixaram a cidade de Crateús (fotos: site da Prefeitura de Crateús) e foram para o município de Independência
 “Eu pessoalmente não vi. Mas os caminhões passaram na área urbana da cidade e os moradores presenciaram a chegada”, contou.
Na semana passada, a empresa esteve em Crateús, a 350 Km da Capital cearense. Segundo o secretário adjunto da Prefeitura, Deoclídes Bezerra Machado, a Global já tinha realizado estudos similares no Piauí. “Eles provocam um pequeno tremor na terra, O trabalho não é demorado, mas o aparato de maquinário impressiona. Estão mapeando o subsolo da região através dessas ondas sísmicas. Querem saber se há gás, água ou petróleo”, disse.

Ele adiantou que as informações coletadas pelo levantamento da empresa deverão ser enviadas para a Petrobras. “Não há nada oficial, mas temos informações que esses mapas no subsolo vão ser encaminhados para Petrobras com intuito de contactar empresas por licitação de contrato de risco interessadas em explorar a área. Pelo que contam na cidade, mas não há nada oficial, é que encontraram gás e tem possibilidade de haver petróleo”. A Petrobras foi contactada, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Conforme a Prefeitura de Crateús, a Global presta serviços a vencedora do leilão dos lotes de terras com potencial para extração de petróleo e gás natural, que foi promovido pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
“Estão sendo usados oito caminhões vibradores, que acham o minério em uma profundidade de 10 mil metros pelo som. Cada minério tem um som e os técnicos e engenheiros contratados pela Petrobras estão detectando a qualidade e a quantidade do minério”, informa a Prefeitura no seu site.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Carência valoriza mão de obra no setor petrolífero

Falta de mão de obra leva empresas do setor petrolífero a pagarem 30% a mais para um profissional da área
Com a demanda por uma maior produção de petróleo e a promessa de novas explorações no País, o setor tem se preocupado com a falta de profissionais qualificados para atuarem na área.


A palestra de Luiz Gonzaga Bertelli contou com a presença de vários estudantes dos cursos de engenharias como mecânica e ambiental, além do novo curso tecnológico de Petróleo e Gás da Universidade de Fortaleza Foto: Tuno Vieira

Prova disso é que após 40 anos sendo autossuficiente, o Brasil voltou a importar gasolina e diesel de outros países.

Para debater o tema, a Unifor promoveu ontem a palestra "A produção do petróleo no Brasil: perspectivas do pré-sal e a formação de recursos humanos para o setor petrolífero", ministrada pelo presidente executivo do CIEE e consultor de empresas do setor petrolífero e de produção de açúcar e de álcool, Luiz Gonzaga Bertelli. Entre os presentes no evento estava o superintendente da Nacional Gás, Edson Queiroz Neto, e a reitora da Unifor, Fátima Veras. "O projeto do pré-sal é muito ousado em termos de tecnologia e de recursos. No mundo inteiro, nunca se perfurou petróleo em águas tão profundas como agora a Petrobras pretende. São cinco quilômetros de profundidade, 300 Km da costa, exigindo uma tecnologia que precisa um desenvolvimento efetivo", destacou o especialista.

Formação

Para se ter uma ideia, de acordo com o consultor, o Brasil formará 40 mil engenheiros neste ano, enquanto a China deve concluir 2012 com 500 mil destes profissionais. "Há uma carência também, muito grande, no que se refere a técnicos formados por esse setor. Nos processos seletivos, quando você manda dez técnicos, por várias vezes as empresas devolvem todos eles por falta de qualificação. Com a vinda das organizações estrangeiras, elas demandam jovens que conheçam bem informática, o que as escolas, de um modo geral, não ensinam bem. A segunda grande exigência é que o candidato domine o inglês de forma fluente e poucas escolas ensinam isso. Em terceiro lugar se exige que os jovens tenham uma cultura generalizada e hoje eles não querem ler", explica.

A falta de mão de obra é grande de tal forma que as empresas do setor de petróleo, petroquímica e gás estão pagando 30% a mais do que outras vagas aos mesmos profissionais em outras vagas do mercado.

Curso

Pensando nas oportunidades geradas, a Unifor deu início neste ano ao curso tecnológico de Petróleo e Gás. Para o coordenador do curso, professor Roberto Menescal, esta é a chance de mostrar aos alunos de forma clara o leque de oportunidades que o setor pode gerar nos próximos anos. "O poder que uma palestra desse tipo insere na cultura do aluno é o conhecimento dele do dia de amanhã, quando ele se formar e buscar trabalho naquela área do petróleo, que é imensa. Pode ser perfuração, produção, refino, distribuição. Pode ser um mundo de oportunidades", comenta o Menescal.

Mesmo com a trajetória de queda na produção de petróleo do País nos últimos anos, para Menescal, são grandes as perspectivas de aumento no Ceará, visto que novos poços em águas profundas estão sendo explorados. Pensando nisso, no próximo dia 20, o curso deverá apresentar novas soluções.

"Nós vamos apresentar à sociedade um sistema de produção de petróleo. Mesmo não tendo petróleo aqui, o aluno terá a oportunidade de ter esse posicionamento de chegar e ver o equipamento que ele só viria a 200 quilômetros de Fortaleza", completa o professor.

Ainda que o resultado não seja imediato, Gonzaga Bertelli também vê o futuro com bons olhos. "O pré-sal é um projeto para os próximos dez ou 15 anos. Imaginar que você tenha muito petróleo do pré-sal é uma utopia. Não há condições para tanto. É uma indústria sofisticada, que exige investimentos fortíssimos. Todos nós temos muita esperança de que o Brasil tenha muito petróleo", comenta. 



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Como se forma o petróleo?

Como se forma o petróleo? Qual a constituição do petróleo? Quem são os maiores produtores e consumidores de petróleo do mundo?
A palavra petróleo, do latim “óleo de pedra” (petrae, pedra; oleum, óleo), é um composto que existe geralmente em arenito, rochas porosas que se encontram por baixo do fundo do mar.
De textura viscosa e cor escura, o petróleo é hoje em dia a principal fonte de energia ao serviço do homem, podendo a sua transformação resultar em combustível, fertilizantes, plásticos, tintas, borracha, entre outros.

Como se forma o petróleo?

O crude (petróleo bruto) resulta da morte de organismos ricos em carbono, como o plâncton e outros microrganismos, que viviam há milhares de anos em lagos, mares e oceanos. Ao morrerem, esses microrganismos ficaram comprimidos, num ambiente pobre em oxigénio, juntamente com outros sedimentos, como a argila, o silte e a areia. Apesar de este ser o processo científico da criação do petróleo, é importante dizer que essa matéria orgânica só se transforma em petróleo a uma temperatura que varia entre os 65° e 75°C. Isto significa que ao ser comprimido por novas camadas de sedimentos, a temperatura aumenta e essas camadas ficam cada vez mais próximas da Terra.
Assim sendo, podemos deduzir que o petróleo é originado por matéria orgânica, que ao estar em contacto com o calor e com a pressão, provocados pela acumulação das camadas de sedimentos, dão origem aos hidrocarbonetos (compostos químicos constituídos apenas por átomos de hidrogénio e carbono), potenciando assim reações químicas e originando o petróleo.
Depois de criado, o crude infiltra-se em rochas porosas e desloca-se para locais com menor pressão e continua o seu trajeto até encontrar outra rocha (desta vez não porosa) que o bloqueia, impedindo-o de continuar o seu percurso.
A perfuração da rocha que o estagnou é a única forma de aceder ao crude e bombeá-lo para a superfície, de forma a poder extrai-lo nas melhores condições.

Petróleo, estação petrolífera

Como é constituído o petróleo?

Este líquido oleoso e de cor escura, o petróleo, é composto essencialmente por hidrocarbonetos, ou seja, compostos que têm na sua constituição carbono e hidrogénio. Além destes constituintes, dele fazem parte outros compostos, como mostramos de seguida.

Os vários constituintes que fazem parte do petróleo são uma  mistura de vários compostos orgânicos, distribuindo-se com as seguintes proporções:
  • Carbono – 83% a 87%
  • Hidrogénio – 10% a 14%
  • Azoto – 0,1% a 2%
  • Oxigénio – 0,1% a 1,5%
  • Enxofre – 0,5% a 6%
  • Metais – inferior a 0,1%

Os maiores produtores de petróleo do mundo

Arábia Saudita - A Arábia Saudita é o país árabe do Médio Oriente que mais exporta produtos petrolíferos, podendo chegar aos nove milhões barris de crude por dia.
Rússia - A Rússia para além de ser o maior produtor de crude a nível mundial, é também o maior produtor e exportador de gás natural.
China - A China também pertence à lista dos maiores produtores de petróleo do mundo, chegando a produzir cerca de quatro milhões de barris de crude por dia.

Os maiores consumidores de petróleo do mundo

Estados Unidos da América – Os Estados Unidos da América são os maiores consumidores de petróleo, consumindo mais de 19 milhões de barris de petróleo todos os dias!
China – A China segue-se como o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, gastando mais de 9 milhões de barris de petróleo todos os dias.
Japão – Em terceiro lugar segue-se o Japão, com um consumo médio de 4 milhões e meio de barris de petróleo a cada 24 horas.


Importância do petróleo para um país

O petróleo faz parte da base económica de um país, uma vez que ao deter o controlo das reservas petrolíferas, apresenta vantagens competitivas sobre importantes setores da economia interna (nomeadamente no transporte e produção de eletricidade) e da indústria, pela crescente participação no comércio internacional e pela exportação tanto de petróleo, como dos seus derivados.

Derivados do petróleo

Nas refinarias, o petróleo bruto é sujeito a uma série de processos até chegar aos seus produtos derivados, nomeadamente à gasolina, ao diesel ou aos lubrificantes.
Os petroquímicos são outros produtos também obtidos a partir do petróleo e têm como função substituírem uma grande quantidade de matérias-primas, como a madeira, o vidro, o algodão, os metais, a celulose, e até mesmo as de origem animal, como lã, o couro e o marfim.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Protoboard Virtual

O software permite criar e simular circuitos digitais, modelos de lógica de circuito integrado (padrão da família TTL, “LS”) e de aplicação específica (conhecido como ASIC ). O usuário cria o circuito pode ser simulado diretamente no módulo digital fornecido pelo software, ou, em alguns casos, podem ser validados no cenários virtual. Estes cenários representam o ambiente no qual os circuitos funcionam. Naturalmente, os sistemas construídos podem ser armazenados, recuperados e editado.


O programa também fornece uma série de tutoriais interativos, que são responsáveis por esclarecer o funcionamento de alguns circuitos lógicos típicos. Muitos deles incluem descrições VHDL. O autor diz: “o software foi projetado para ser usado como uma ferramenta para o ensino e a aprendizagem de design digital, e atualmente está focada em cursos básicos ou a introdução de circuitos digitais, tanto na escola como no nível universitário.”
Entre os destaques deste programa, destacam se o grande número de modelos de circuitos integrados TTL que o autor tenha incluído (e ainda inclui). A capacidade de armazenar e recuperar os nossos projetos permite a verificação e reutilização dos mesmos, tanto no ensino e na aprendizagem do desenho digital. A existência dos cursos, que são mostrados à direita do módulo digital pode rapidamente validar os conhecimentos adquiridos. Os cenários, apesar de poucos agora (o programa está em constante evolução), nos dão uma perspectiva melhor e proporcionar uma melhor especificação primeiro lógico.
A inclusão de módulos ASIC simplifica os desenhos, enquanto economiza espaço na protoboard virtual. O usuário pode criar novos modelos para a ASIC, a partir de descrições VHDL ou C + + programas.

O módulo digital

De alguma forma, este é o coração do programa. , O usuário desenvolve os componentes e conexões que compõem o seu projeto. Este é composto por uma placa de circuito de ligação (também conhecida como protoboard ou placa de montagem), 18 LEDs, 3 exibe sete segmentos, geradores de relógio, entradas digitais (12 switches e 4 botões), os terminais de alimentação (VCC e GND), um expansão do bloco terminal de 18 linhas (que ligam os cenários virtuais) e um interruptor principal para o sistema de ligar e desligar
Para montar um circuito, basta deixar o necessários chips seleção de um menu (que é agrupados por categorias) e se insere na protoboard. As ligações entre eles são atraídos por desenhar linhas com o mouse. Se necessário, ambos os cabos e chips podem ser removidos simplesmente pressionando o botão direito sobre o chip em questão ou por uma extremidade do cabo de remover.

Para download do programa clique aqui.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

FluidSim - Simulação de circuitos Pneumáticos e Hidráulicos

No escritório de engenharia ou na sala de aula, o melhor recurso de software do mundo para trabalhar com circuitos de Pneumática ou Hidráulica.
Projetos
Desenhar
De forma extremamente amigável, você pode "clicar e arrastar" os símbolos de uma completa biblioteca para a área de desenho. Há mais de 100 símbolos normalizados e em poucos minutos seu circuito estará desenhado.




Bibliotecas
  • Pneumática/Hidráulica
  • Elétrica
  • Blocos Lógicos
  • Diagrama Ladder

  • Simular
Num único clique o circuito está pronto para ser simulado e assim pode ter testada a sua lógica. As linhas pressurizadas e energizadas são visualizadas em cada passo.

Acompanhar variáveis
 As grandezas como pressão, vazão, velocidade, etc. podem ser monitoradas em cada ponto do circuito criado, a fim de um melhor dimensionamento. O algoritmo de cálculo do FluidSIM® é o mais preciso do mundo!

Exportar para o CAD
O circuito pode ser exportado em formato "dxf" e aberto em qualquer pacote CAD.
Aulas e Apresentações
Filmes
 Diversos filmes didáticos estão incorporados ao pacote, com som em Português e imagens com qualidade DVD, que incluem animações e cenas de situações reais da indústria.

Transparências
 Uma incrível variedade de transparências está disponível, sendo muitas delas animadas, o que tornará suas explicações muito mais didáticas!
A ordem, seleção e tempo de transição entre transparências nas apresentações podem ser configuradas de forma a obter-se um resultado muito profissional. Além disso, outros slides podem também ser introduzidos.
Na versão de Hidráulica há ainda um compêndio de centenas de transparências adicionais desenvolvidas pela parceira Eaton.

Teoria e exercícios
  • Clicando-se com o botão direito do mouse sobre cada componente do circuito obtém-se uma completa descrição de seu funcionamento.;
  • Há vários exercícios já prontos numa biblioteca para sua escolha.
  • Identificação de componentes conforme a norma ISO pode ser desenvolvida com os alunos.


  • Download do programa FluidSim em português clique aqui.
     
     
     
     

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tecnologia dos Materiais

Segue abaixo os materiais de estudo,para download, da disciplina Tecnologia dos Materiais fornecido pelo professor do CEPEP, Kaio Dutra que encontra-se também disponível no site kaiohdutra.wordpress.com.





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Tecnologia em petróleo e gás

Com os anúncios das reservas de petróleo e gás na camada pré-sal, localizada em águas profundas (entre 5 mil m e 7 mil m abaixo do nível do mar), há boas perspectivas de abertura de postos de trabalho na cadeia produtiva desses dois recursos. O tecnólogo em petróleo e gás é um dos profissionais que pode se beneficiar diretamente.

A perspectiva não podia ser melhor para o tecnólogo. A tendência é de crescimento bastante grande e imediato”, afirma o professor do curso de tecnologia em petróleo e gás do Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos (Cefet-Campos), Gladstone Peixoto Moraes. No Cefet-Campos, o curso é oferecido na unidade de Macaé, no Rio de Janeiro.

As possibilidades de trabalho na cadeia produtiva são muitas e dependem da formação do profissional. O tecnólogo pode trabalhar na exploração, na transformação e até no aproveitamento do petróleo e do gás natural. Assim, os postos de trabalho vão desde as empresas de engenharia que perfuram os poços até refinarias e petroquímicas.

“Alguns dos cargos que o tecnólogo pode exercer são analista de controle de qualidade, de logística, de processos industriais, de risco ambiental, operador de distribuição. No mercado esses profissionais já estão sendo absorvidos”, afirma a coordenadora do curso de tecnologia em petróleo e gás da Universidade Católica de Santos (Unisantos), Adriana Florentino de Souza Leoni. A graduação é ministrada na cidade de Santos no estado de São Paulo.

Engenharia ou tecnologia

“O curso de tecnólogo pretende atender a demanda por mão-de-obra especializada de maneira mais ágil”, afirma Moraes. “O curso de tecnólogo é focado na atividade. Ele estuda o que é necessário para a aplicação.”

De acordo com o professor, a diferença entre o curso de tecnologia e o de engenharia é a extensão do conteúdo estudado. “O engenheiro estuda três ou quatro cálculos, de maneira mais horizontalizada. O engenheiro também aprende diversos aspectos da física. Já o tecnólogo aprende o que vai exercer”, diz.

A formação

Ao todo, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), existem 56 cursos de tecnologia de petróleo e gás no Brasil – a maior parte localizada no estado do Rio de Janeiro. De acordo com as regras do curso, a formação acontece em três anos, com duração mínima de 2.400h.

Cada instituição oferece um foco, de acordo com as necessidades do mercado local. O Cefet-Campos, por exemplo, é voltado para a atividade de exploração dos recursos. Já a formação da Unisantos é generalista – pois a região já tem um pólo petroquímico e terá também desenvolvimento de exploração do recurso.

Também varia a exigência de estágio e de trabalho de conclusão de curso. O que é comum é a necessidade de visitas técnicas a empresas durante a formação.

O curso

Para atender à demanda, instuições públicas e privadas estão abrindo cursos técnicos e de graduação voltados especificamente para a área de petróleo e gás.

Atualmente, há 87 cursos de graduação em petróleo reconhecidos pelo Ministério da Educação no país. No entanto, há outros cursos que ainda não obtiveram reconhecimento, mas estão em funcionamento.

Do total de 87 cursos reconhecidos, 56 são os chamados cursos superiores de tecnologia, que formam os tecnólogos, que têm diploma de curso superior, mas não têm título de bacharel.

O curso tem duração menor (média de dois anos) que a do bacharelado (quatro a cinco anos) e é direcionado para o mercado de trabalho. Mas os tecnólogos não são aceitos em concursos públicos da Petrobras e têm de buscar trabalho em empresas terceirizadas.

Cada curso de tecnologia em petróleo e gás prioriza áreas específicas, como técnica operacional, refino, processamento do petróleo, mineração, gestão em negócios, serviços em poços de petróleo, produção industrial, entre outras.

Os outros 31 cursos de graduação são nas áreas de engenharia e química.

Cursos técnicos

Já os cursos técnicos específicos na área de petróleo ainda são poucos no país. De acordo com Gladstone Peixoto Moraes, professor de tecnologia em petróleo e gás do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Macaé (RJ), há outros cursos técnicos que atendem à demanda da área, mas não têm petróleo no nome.

Entre esses cursos, o professor cita os de eletromecânica, eletrônica e até técnico em hotelaria, que dá suporte a unidades de embarque e desembarque em plataformas de petróleo.

“Não precisa necessariamente ser técnico em petróleo. Quem fizer técnico em mecânica ou eletromecânica vai ter empregabilidade. Até mais que o técnico de petróleo em si. Os editais da Petrobras costumam ter muitas vagas para técnico em elétrica e eletrônica”, diz.

Segundo ele, o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) está montando o curso de técnico em petróleo e gás. A primeira prova de seleção será neste ano.

O curso capacita o profissional a operar, controlar e fazer manutenção de máquinas e equipamentos, fazer análises de rochas, fluidos e materiais para a indústria do petróleo e gás natural. Os técnicos podem trabalhar em empresas do setor petrolífero, operadoras de campos de petróleo e prestadoras de serviços na área.

Bacias

Dos 87 cursos de graduação em petróleo e gás no país, 54 estão no estado do Rio de Janeiro, cujo litoral abriga a Bacia de Campos, que tem cerca de 100 mil quilômetros quadrados e se estende do Espírito Santo, nas imediações da cidade de Vitória, até Arraial do Cabo, no litoral norte do Rio de Janeiro.

Atualmente a bacia é responsável por aproximadamente 80% da produção nacional de petróleo, com 55 campos de exploração.

Já os estados de Espírito Santo e São Paulo ocupam a segunda posição no número de cursos de graduação – nove cada um.

Mas o número de cursos, principalmente nos estados de São Paulo e Espírito Santo, pode ser pequeno em vista das descobertas de jazidas de pré-sal nas Bacias do Espírito Santo, de Campos e de Santos – esta última se estende de Cabo Frio (RJ) até Florianópolis (SC).

Vagas

De acordo com levantamento do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), implantado pelo governo federal em 2003 para capacitar mão-de-obra para implementação de empreendimentos no setor de petróleo e gás, a estimativa era de que seria necessário capacitar 112 mil pessoas para o setor entre 2008 e 2012.

Mas, com o aumento de investimentos da Petrobras, a previsão é que serão necessárias 260 mil pessoas no mercado de petróleo – nesse número são levadas em conta as cinco refinarias que serão construídas até 2014 e as 28 plataformas até 2017. Isso sem contar os equipamentos que serão construídos para operar nas jazidas de pré-sal.

Em outubro, a Petrobras anuncia o plano estratégico para o período 2009-2020. Só depois disso será possível saber quantas pessoas o mercado de petróleo irá absorver contando com a descoberta do pré-sal.

De acordo com Arlindo Charbel, consultor da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), a cada emprego direto aberto no setor de petróleo, que vai da extração do óleo ao refino e à venda dos derivados, são gerados outros 3,7 postos indiretos.

Prominp

Charbel, que também é professor de tecnologia em petróleo e gás, cita como formas de preencher as vagas no mercado o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e convênios de empresas com universidades. Além disso, o site da Onip (www.onip.org.br) também traz as empresas do setor conveniadas e recebe cadastro de currículos.

No caso do Prominp, que tem a coordenação do Ministério de Minas e Energia, os interessados entram no programa por meio de seleção pública e recebem ajuda de custo para fazer os cursos de qualificação profissional, que contemplam todos os níveis de escolaridade.

O aluno matriculado tem seu currículo disponibilizado no Banco de Currículos no Portal de Qualificação do Prominp (www.prominp.com.br), que é acessado por empresas do setor de petróleo e gás natural, cadastradas no portal.

Tecnólogos

Segundo o consultor, os tecnólogos são absorvidos por empresas prestadoras de serviços da área de petróleo.

“Esses profissionais são contratados para tarefas de supervisão de obras, por exemplo.” Ele explica que os tecnólogos atuam como gestores especializados em uma área. “Os engenheiros, por exemplo, trabalham com os detalhes, os tecnólogos enxergam todas as partes e fazem uma inter-relação entre elas. Um complementa o outro”, diz.

Áreas de atuação

De acordo com o especialista, os profissionais que trabalham na área de petróleo são contratados basicamente para as áreas de exploração (descoberta e perfuração dos poços), refinaria (transformação do petróleo em derivados), distribuição e logística (transporte do óleo até a refinaria e, depois de transformado, para o consumidor).

Ele diz que muitas vagas serão abertas com a construção das cinco refinarias previstas pela Petrobras – Itaboraí (RJ), Porto de Suape (PE), Guamaré (RN), uma no Ceará e outras duas no Maranhão.

De acordo com Charbel, a construção de uma refinaria envolve cerca de 40 mil pessoas. E cerca de mil pessoas trabalham na operação. Já na obra de uma plataforma são envolvidas cerca de 5 mil pessoas.


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